Óleo Essencial de Erva-baleeira
100 % puro e agroflorestal
Nome botânico: Cordia verbenacea (sin. Varronia curassavica)
Família botânica: Boraginaceae
Parte usada: Folhas
Método de extração: Destilação por arraste de vapor
Descrição botânica
A erva-baleeira é um arbusto nativo do Brasil, especialmente comum na Mata Atlântica e em restingas litorâneas. Suas folhas possuem compostos voláteis com ação anti-inflamatória e analgésica já confirmadas em estudos clínicos e pré-clínicos¹. É uma das espécies oficialmente reconhecidas pela ANVISA como planta de interesse fitoterápico e originou o primeiro fitoterápico nacional com ação anti-inflamatória tópica aprovado (Acheflan®)². O óleo essencial é especialmente rico em α-humuleno, sesquiterpeno de alto interesse terapêutico³.
Aromaterapia (Aspectos emocionais e mentais)
Na aromaterapia clínica, o óleo de erva-baleeira é valorizado como regulador de tensões somatizadas no corpo. Seu uso pode promover relaxamento físico e emocional profundo, sendo indicado em casos de rigidez muscular de origem emocional, estresse crônico e sensação de sobrecarga psíquica⁴. Traz alívio e sensação de liberação emocional, funcionando como uma espécie de “óleo de descontração corporal”.
Perfumaria (Perfil olfativo)
Possui aroma herbáceo, verde e ligeiramente terroso, com pouca volatilidade. Não é tradicionalmente usado na perfumaria clássica devido ao seu perfil medicinal, mas é valorizado em composições terapêuticas e cosméticos funcionais⁵. Combina bem com lavanda, manjerona, copaíba e vetiver em sinergias relaxantes.
Usos terapêuticos (Topicamente e apoio físico)
- Ação anti-inflamatória tópica comprovada, especialmente eficaz em processos musculares e articulares⁶.
- Efeito analgésico local, útil para tendinites, contusões, mialgias e dores relacionadas ao esforço repetitivo⁷.
- Pode ser incorporado a óleos de massagem para relaxamento muscular.
- Indicado também como adjuvante em formulações cicatrizantes e anti-inflamatórias dermatológicas.
Precauções de uso
- Uso exclusivamente tópico e diluído (1% a 3%).
- Evitar o uso em mucosas, ao redor dos olhos e pele lesionada.
- Contraindicado para gestantes, lactantes e crianças pequenas sem orientação profissional⁸.
- Em peles sensíveis, realizar teste de toque. Embora não contenha furanocumarinas, recomenda-se cautela com exposição solar após o uso.
Notas e Referências
- Simões, C. M. O. et al. (2001). Farmacognosia – da planta ao medicamento, 5ª ed. Porto Alegre: UFRGS.
- ANVISA. Acheflan® - Registro nº 1.0583.0360. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/
- Santos, A. O. et al. (2011). "Anti-inflammatory and antinociceptive activities of the essential oil of Cordia verbenacea." J Ethnopharmacol, 135(2), 393–399.
- Faucon, M. (2013). Aromathérapie – Se soigner par les huiles essentielles. Paris: Dunod.
- Valnet, J. (1990). Aromathérapie. Paris: Maloine.
- Tisserand, R. & Young, R. (2014). Essential Oil Safety: A Guide for Health Care Professionals, 2nd ed. London: Elsevier.
- Lorenzi, H., & Matos, F. J. A. (2008). Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas cultivadas. Nova Odessa: Instituto Plantarum.
- Tisserand & Young (2014), p. 248–250. Precauções baseadas em composição e potencial irritativo.